28/10/2017

Restaurante Águas Livres

Depois da extraordinária oficina do URUMO, fomos almoçar ao restaurante Águas Livres.
After the great URUMO workshop, we had lunch at Águas Livres restaurant.


19/10/2017

HFM

A inspiradora conversa da Helena Monteiro no Convento do Carmo, e a prova provada, e contada na primeira pessoa, de que nunca é tarde para começar!

Helena Monteiro's inspiring lecture at Convento do Carmo, and the proved proof that it's never too late to start!


11/10/2017

Almoço

Já é um lugar comum, almoçar na Tasca do Papagaio depois das oficinas da Casa Atelier Vieira da Silva. 
It is already a common place, to have lunch at Tasca do Papagaio after the Casa Atelier Vieira da Silva workshops.


10/10/2017

Arco da Rua das Amoreiras

Desenho numa folha solta, para oferecer de presente, Ando um mãos largas...
Drawing done on a loose piece of paper, to offer as a gift.  I´m so generous...


08/10/2017

Nossa Senhora do Monte

Miradouro de Nossa Senhora do Monte, Lisboa.
Um desenho ligeiramente enviesado daquilo que entendo como a minha normalidade. 
1. Foi feito da parte da manhã - altura em que não gosto de desenhar; 
2. Feito num caderno de folhas mais grossas e maior que aquele que utilizo há quase 5 anos.
3. Feito nas folhas do meio com a cosedura, para depois arrancar. 
4. Uma super-panorâmica, contam-se pelos dedos de uma só mão as que já fiz até hoje.

Um sofrimento auto-inflingido a propósito de um merecido presente à muito prometido, e que tardava em ser cumprido. 

Nossa Senhora do Monte viewpoint, Lisbon.
A slightly skewed drawing of what I understand as my normality.
1. It was done in the morning - when I do not like to draw;
2. Made in a sketchbook with thicker sheets and bigger than the one I used for almost 5 years.
3. Made in the middle sheets with the stitching, to rip it up.
4. A super-panoramic perspective, only five fingers in one hand are enough to count the ones I have done until today.

A self-inflicted suffering condition about a gift long time ago promised, and that was incredibly delayed.


05/10/2017

Segundas Feiras | Mondays

Quem me conhece sabe que detesto segundas feiras.
Por razões de trabalho, fui a uma rua que tão boas memórias me traz, a Rua do Benformoso. Foi aos clientes e às suas lojas de revenda dessa rua que comecei a ir com o meu pai quando tinha 12 anos, pouco depois de ter começado a trabalhar por conta própria. Iniciou um negócio familiar no dia 1 de Junho de 1987, no mesmo dia em que fazia 44 anos,  que haveria de mudar a vida dele, a da minha mãe, a minha e a dos meus irmãos, e que dura até hoje.

E foi precisamente numa dessas detestáveis segundas-feiras que fui completamente apanhado de surpresa. Não se conseguem explicar as sensações e emoções que senti no regresso àquela rua, tão diferente do que me lembro dela há 30 anos, talvez sem toxicodependentes e prostitutas, mas com a mesma movida e energia de outrora.
E foi naquela rua da Mouraria, que me deixa tantas boas memórias e me voltou a emocionar, que voltei a sentir um cada vez mais raro friozinho na barriga…
*

Those who know me, know that I hate Mondays.
For work reasons, I went to a street that brings such good memories to me, Rua do Benformoso. It was to the clients and their resale shops on that street that I started going with my dad when I was 12, shortly after he started working on his own. He started a family business on June 1st, 1987, the same day when he was celebrating his 44th anniversary, which would change his life, my mother´s, mine and my brother´s, until today.
And it was precisely on one of those miserable Mondays that I was completely taken by surprise. I cannot explain the feelings and emotions I felt being in that street, again, so different from what I remember of it 30 years ago, maybe without drug addicts and prostitutes, but with the same movement and energy from the past.
And it was on that Mouraria street, that brings me so many good memories and emotions, that I felt again that increasingly rare cold in the belly ...
*
Desenho feito no dia 5 de Outubro, às 10 da manhã | Drawing done in the 5th of October, at 10am

03/10/2017

Urumo

Já seguia os desenhos do Urumo há mais de três anos, siderado pela forma como desenhava e escrevia de uma forma tão poética. Nunca o tinha conhecido pessoalmente. 
Ainda não eram oito da manhã e já estava no aeroporto à sua espera, como não o saberia reconhecer, escrevi num papel "Urumo", o pseudónimo do Alfredo Ugarte. Com esta folha presa nas mãos, encostado à barra de ferro, também eu parecia um agente de turismo, à espera de gente carregada de malas. Mal saberia eu que também o Urumo faria a sua estreia em Lisboa.

Virou aquela esquina e leu o seu nome, sorridente. Saímos dali e fomos directos ao Jardim das Amoreiras, deixar as suas coisas. Tomámos pequeno almoço no Rato, e imediatamente pedi para ver os seus cadernos. Enquanto os folheava, de olhos a brilhar, perguntei-lhe, curioso, porque tinha esse nome "Urumo". Disse-me que era um nome que tinha surgido de um sonho, há muitos anos atrás. E dali percebi que os seus desenhos tinham tanto de real como imaginário. Que surpresa!

No Sábado seguinte orientou uma oficina de desenho incrível, sempre focado em cada um, procurando dar atenção individual a um grupo de quase 30 pessoas. A seguir ao almoço falou dos seus desenhos, do seu percurso e da sua vida, num momento que emocionou todos os que o escutavam. No final, a mesma humildade com que se apresentou transformou-se em energia, positiva, aposto que todos o sentiram como eu.

Ainda nesse Sábado fomos jantar ao Cais do Sodré, eu cansado, ele exausto, mas de certeza contente por aquele dia. O desenho foi tirado a ferros, que não me apetecia desenhar. Ganhou a regra que tento seguir tantas vezes: existem pessoas que tenho mesmo que roubar para o meu caderno...

Obrigado Urumo, quando voltas a Lisboa?

I had been following Urumo drawings  for more than three years, fascinated by the way he draw and wrote in such a poetic way. I had never met him in person.
It was not yet eight in the morning and I was already at the airport waiting for him, as because I had no idea about his face, I wrote Alfredo Ugarte pseudonym "Urumo". With this paper in my hands, leaning against the iron bar, I also looked like a tourist agent, waiting for people loaded with suitcases. I should hardly have known that Urumo would do his debut in Lisbon.

He turned that corner and read his name, smiling. We left and went to Jardim das Amoreiras, to leave his things. We had breakfast at Rato, and immediately asked to see his sketchbooks. As I leafed through them, my eyes sparkling, I asked him curiously, the reason why he had that name "Urumo." He told me it was a name that come from a dream, many years ago. And from there I realized that his drawings were both real and imaginary. What a surprise!

The following Saturday he oriented an incredible workshop, always focused on each one, seeking to give individual attention to a group of almost 30 people. After lunch he talked about his drawings, his route and his life, in a moment that touch all those who listened to him. In the end, the same humbleness with which he introduced himself turned into energy, positive, I bet everyone felt the same as me.

Still on this Saturday we went to dinner at Cais do Sodré, I was tired, he was exhausted, but certainly happy for that day. Starting that drawing was difficult, I was not in the mood to draw. The rule that I try to follow so many times won: there are people that I have to steal for my sketchbook ...

Thank you, Urumo, when are coming back  to Lisbon?



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