02/12/2015

Cento e setenta e quatro

O meu tio avô "emprestado" fez 90 anos, carregado de uma energia inesgotável. Ao seu lado, a companhia de sempre com oitenta e quatro...

My grandpa uncle in law did ninety, full of energy. On his side, her partner from life, with eigthy four...



01/11/2015

Senhor João Maroto

O senhor João Maroto tem sessenta e nove anos, e é um tratador de cavalos reformado que vive no Centro Hípico do Campo Grande. Traz vestido um blusão azul-escuro com golas de bombazine, daqueles aos losangos e um cavalinho na lapela. Por debaixo um pullover bege e uma camisa aos quadrados castanhos. Tem uma face escanzelada com patilhas brancas farfalhudas, e uma boina acastanhada.  

(Desenho e excerto de texto feitos para o curso de jornalismo e desenho, com a Alexandra Prado Coelho e Eduardo Salavisa.)

Mr. João Maroto is sixty-nine years old, and is a horses handler now retired that lives in the Equestrian Center of Campo Grande. Has a dark blue jacket with bombazine collars, those with losengues and a wheelie on his lapel. Beneath a beige pullover and a brown shirt. It has a skinny face with bushy white sideburns, and a brown beret.

(Drawing and text made for the journalism and drawing course, with Alexandra Prado Coelho and Eduardo Salavisa.)



24/10/2015

O puro-sangue do senhor Delfim

O senhor Delfim Costa tem 63 anos. Este economista de olho azulado e bigode farfalhudo tem um cavalo numa das boxes, assim chamadas estas cavalariças individuais, no hipódromo do Campo Grande. O seu cavalo, um puro-sangue Lusitano, tem 14 anos, e chama-se Útil. Tem um pelo castanho avermelhado, muito luzidio, uma crina desembaraçada e uma mancha branca no focinho acarneirado. "Os cavalos não nasceram para levar com pessoas em cima, a gente é que os obriga."

(Desenhos feitos para o curso de jornalismo e desenho, com a Alexandra Prado Coelho e o Eduardo Salavisa.)

Mr. Delfim Costa is 63 years old. This economist with blue eyes and bushy mustache has a horse in one of the boxes, these so-called individual stables, in the Hippodrome Campo Grande. His horse, a thoroughbred Lusitano, is 14 years old, and is called Útil (Usefull). It has a reddish-brown fur, very sleek, one unencumbered mane and a white patch on the muzzle. "Horses were not born to have people on top, we are the ones forcing them."

(Drawings made for the journalism and drawing course, with Alexandra Prado Coelho and Eduardo Salavisa.)


21/10/2015

15/10/2015

Pavilhão Carlos Lopes

Um edifício extraordinário no centro de Lisboa, a cair em pedaços. | A great building in Lisbon city centre, almost in ruins...
http://sicnoticias.sapo.pt/programas/abandonados/2014-03-10-pavilhao-carlos-lopes-em-lisboa-esta-fechado-ha-mais-de-10-anos



14/10/2015

O pós-assembleia

Ao jantar, depois da primeira Assembleia Geral da Associação USKP.
At dinner, after the first Main Assembly of USKP Association.


13/10/2015

A minha tia Bineca

Neste Domingo voltei a desenhar a minha tia Bineca. É seguramente uma das pessoas da minha família de quem eu gosto mais, talvez por ter feito parte de quase todas as minhas memórias de infância, na casa dos meus avós.
Enquanto fazia este desenho, ela lia entretida uma reportagem na revista do Público, sobre dois pares de gémeos Colombianos que foram trocados à nascença. Ria de quando em vez, feliz pela história que estava a ler. Riu que nem uma perdida quando viu o desenho depois de terminado. 
Acho que a fiz rosadinha demais, e ainda bem.

Já tinha publicado um desenho da minha tia Bineca, sentada no mesmo sofá verde, na altura em que não desenhava caras. Esse desenho pode ser visto AQUI.

This Sunday I draw again my Aunt Binecxa. It is certainly one of the people in my family who I love more, perhaps for having been part of almost all my childhood memories in my grandparents' house.
While I draw, she was reading  a report in Publico  magazine, about two pairs of Colombian twins who were switched at birth. She laugh from time to time, happy for the story she was reading. He laughed  a lost when he saw the drawing after it was finished.
I think I did her too rosy, and I´m happy for that.

I had published already a drawing of my Aunt Bineca, seated in the same green sofa, at that time I did not draw faces. That drawing can be seen HERE.



11/10/2015

O Aquário

João Carracedo, encenando "O Aquário", um Texto de Karl Valentin. Ao meu lado, a Mónia Abreu, que fez a sua estreia no Desenho Cru.

João Carracedo, acting out "O Aquário", a Karl Valentin text. Right next to me, Mónia Abreu, in her first time at Desenho Cru.


07/10/2015

Poesia em cadernos

Existem diferentes utilizações para cadernos de capa dura e formato meio portátil. Nós fazemos desenhos, mas há quem faça poesia, num modo "à capela". Na última sessão do DESENHO CRU, ouvimos a Joana Santiago e o João Adrega, que leram poemas de sua autoria. Neste serão aborreci-me de desenhar roupa nas pessoas, e como não quis que o rapaz aparecesse todo nu, desmaterializei-o, aparecendo apenas e só aquilo que é corpo humano: carne e osso, e umas pulseiras amiúde...

There are different uses for plain paper books with an half portable format. We draw, but some people write poetry, in a way "à capela" In the last session of the DESENHO CRU, we heard Joana Santiago and João Adrega, reading poetry from themselves. In this evening I was bored drawing clothes on the people, and because I din´t want him to be naked in my sketchbook, I dematerialize it, appearing only  what is human body: the flesh and bone, and some bracelets ...



02/10/2015

Aniversários

No dia 29 de Setembro comemorei vários aniversários. O 14º do meu casamento e o 9º do meu filho Manel, que por teimosia decidiu repetir uma data já transformada em efeméride. 
Desenhei no meu caderno um pouco do que aconteceu neste serão: o Manel a brincar com o seu presente de aniversário, um lego do Ninjago, o Vasco a tentar a sua sorte na brincadeira e depois a comer melão cortado aos bocadinhos, e, já mais tarde, uma selfie com a Susana a meu lado, entretida com uma nova temporada de uma das suas séries predilectas. Por entre um pé dormente e já meio ensonado, escrevi coisas que gostava de ter desenhado nesses dois dias, os dos aniversários.

On September 29th, I celebrated several birthdays. The 14th of my marriage and my son Manel 9th, which stubbornly decided to repeat a date already turned into ephemerid.
I drew in my sketchbook part of what happened in this evening: Manel playing with his birthday gift, a Ninjago lego, Vasco trying his luck in the play while later ate melon cut into small pieces, and longer in the night a selfie with Susana beside me, entertained with the new season of one of her favourite series. Through a dormant foot and already half sleepy, I wrote things that I like to have drawn on these two days, the ones from the birthdays.






30/09/2015

Trabalhos de casa

O meu filho Manel a terminar os trabalhos de casa, na véspera do primeiro dia de aulas...
My son Manel finishing the homework, in the day before of the beggining of classes...


27/09/2015

Fábrica dos Leões - Évora

Rumámos a Évora para (a) riscar o património industrial, numa caravana de quatro carros desde Lisboa e Seixal. Saímos às oito da manhã, e mesmo vagarosos e na conversa, chegámos pelas nove e meia, e ainda fomos a tempo de beber um café na esplanada junto ao templo de Diana. Num terreno baldio, em frente da Fábrica dos Leões, já nos esperavam alguns Évora Sketchers, ansiosos por darem início à nossa jornada de desenho, debaixo de um sol já morninho.

A fábrica dos Leões é uma antiga fábrica de massas, construída em 1916, que funcionou até 1993. A partir de 2010 passa a ser utilizada pela Universidade de Évora, onde são leccionados os cursos de artes. O projecto de reconversão tem a assinatura de Inês Lobo + Ventura Trindade.
http://www.arquiteturaportuguesa.pt/complexo-das-artes-e-da-arquitetura-da-universidade-da-evora/

Da parte da manhã desenhei no interior, primeiro num irresistível patamar de escadas, e logo de seguida na cobertura do corpo principal, onde estava uma paródia difícil de explicar.Almoçámos no clube de cicloturismo de Évora, mesmo em frente da actual Universidade. Éramos vinte e tal à mesa, mas fomos mais durante a manhã de desenhos. Voltámos a desenhar, desta vez pelo lado de fora. Comecei um desenho encostado a um muro de tijolo do lugar onde tínhamos almoçado, sentei-me no chão de terra e ervas secas. Aquela fachada é tão bonita, com janelas grandes numa fachada recuperada, umas escadas de betão ao fundo, e os silos a quererem aparecer por detrás dos volumes. Na minha frente uma estrada estreita de alcatrão, onde antes passava a linha férrea. Ainda antes de me entreter à conversa com o Vicente, e enquanto acabava o desenho, tive de mudar ligeiramente de posição a fugir de um carreiro de formigas que começou a subir-me pelas costas. Daí a nada chegaram dois cavaleiros, pararam para matar a sede, no seu caminho para uma feira medieval.

Voltei a entrar no edifício, destinado a desenhar aquele cantinho onde estavam os imponentes silos, quando cheguei já estava o João Matos, e depois apareceu a Marilisa. Acho que toda a gente desenhou os silos, e achei que todos os desenhos ficaram óptimos.

Terminámos o dia, já num lusco fusco, numa esplanada no jardim perto da Igreja de São Francisco. Estava a ter lugar um qualquer concerto por ali, gente sentada na relva, a ouvir um som meio psicadélico, mas que não me arreliou. Ainda fiz um desenho antes de nos irmos embora, um duelo implacável com a Andreia, que gostei tanto de conhecer neste dia.

Obrigado Évora Sketchers pela óptima organização, em especial ao Luís Ançã que vive apaixonadamente esta coisa dos desenhos em cadernos, como poucos. Um abraço Luís, e até breve!

We moved to Évora to draw the industrial heritage, in a caravan of four cars from Lisbon and Seixal. We left at eight in the morning, and even slow and talking all the time, we arrived around nine-thirty, and we were still in time to drink a coffee on the terrace next to the temple of Diana. A vacant plot of land in front of the Lions Factory, were already some Évora Sketchers, ready to start our drawing journey, under a sun already warm.

The factory of the Lions is an old pasta factory, built in 1916, which ran until 1993. From 2010 begins to be used by the University of Évora, where they are giving the arts courses. The building renovation has the signature of  Inês Lobo + Ventura Trindade.
http://www.arquiteturaportuguesa.pt/complexo-das-artes-e-da-arquitetura-da-universidade-da-evora/

In the morning I drew on the inside, first an irresistible level of stairs, and then immediately on the main building terrace, which was a difficult to explain parody. We had lunch at the Bicycle Club of Evora, right in front of the university. We were twenty or so at the table, but we were more sketchers during the morning. After the lunch, I  draw again, this time from the outside. I started a drawing leaning against a brick wall where we had lunch, I sat in the dirt and dried herbs. That facade is so beautiful, with large windows in a restored facade, some concrete stairs in the background, and the silos wanting to appear behind the volumes. In front of me a narrow road tar, where once passed the railway line. Even before I started a conversation with Vincente, and as I was finishing the drawing, I had to slightly change position to escape a trail of ants started up me in the back. In a minute, came two horse riders, they stopped to drink a beer, on their way to a medieval fair.

I went back into the building, designed to draw one corner where were the towering silos. When I arrived was already João Matos, and later on Marilisa. I think everybody drew the silos, and all of them were great.

We finished the day, in a garden terrace near the Church of San Francisco. Was taking place a kind of concert there, people sitting on the grass, listening to a pseudo psychedelic sound, but not teased me. A did a drawing before I left,, a relentless duel with Andreia, whom I enjoiyed so much to know on this day.

Thank Évora Sketchers forthe great organization, especially to Luis Ançã and his passion for sketches. Louis, see you soon!


 A foto de grupo, tirada ao fim da manhã.

A escadaria de acesso ao terraço. 

 Desenho no terraço do corpo principal.

A paródia instalada.

Ao almoço, no clube de ciclo turismo de Évora.

 A fachada da entrada.

Os GNR´s a cavalo, mascarados para uma feira medieval.

 Os silos.



O duelo com a Andreia.

24/09/2015

Desenho cego no jardim das Amoreiras

Este foi o último desenho cego que fiz, e que resumiu aquilo que o Pedro Loureiro nos pediu para revisitarmos ou experimentarmos pela primeira vez, na oficina da Casa Museu Vieira da Silva. Desenhei objectos, o lugar, e as pessoas, que andavam por ali. Apanhei uma senhora "baixinha", a desenhar em modo vesgo (uma espécie de cego em batoteiro) e não perdi a chance de fazer queixinhas ao sr. professor. Sempre fui uma pessoa ruim...

This was the last blind drawinh I did, which summarized what Pedro Loureiro asked us to revisit or experiencing for the first time in the workshop of Casa Museu Vieira da Silva. I drew objects, places, and persons who walked around. I got a "shorty" lady drawing in squint mode (a kind of blind cheater drawing) and I did not miss the chance to make complains to the teacher. I've always been a bad person...




Desenhos de praia

Desenhos de praia | Beach drawings




15/09/2015

Love is in the air

Desenho cego, um casal de namorados de mão dada, na esplanada do Jardim das Amoreiras.
Blind drawing, a teen couple handling their hands, in Jardim das Amoreiras terrace.



14/09/2015

Desenho cego

O Fernando Veríssimo com uma orelha a nascer do cocuruto, o primeiro desenho cego da estupenda oficina do Pedro Loureiro, no passado Sábado na Casa Museu Vieira da Silva.

Fernando Verissimo with one ear rising from the top of his head, the first blind drawing in the stupendous workshop from Pedro Loureiro, last Saturday in Casa Vieira da Silva Museum.

10/09/2015

O debate do ano

Um debate sensaborão, sonolento e inconsequente, enquanto o meu filho Vasco brincava com legos.
A "without salt", sleepy and inconsequent debate, while my son Vasco played with legos.