21/01/2017

tempo - relações sociais - espaço


A manhã estava tão solarenga como fria, e eu sentia-me como um daqueles carros de um antigamente ainda recente, que nas manhãs mais frias demoravam a pegar, mesmo depois de esticarmos aquele botão que aparentemente "puxava o ar". 
Cheguei ao Jardim das Amoreiras às dez horas da manhã. Entrei no museu e fiz a inscrição na oficina. Cá fora bebi um café e comi um bolinho açucarado, daí a nada começava a estupenda oficina da Karina Kuschnir, que veio do Rio de Janeiro carregadinha de estórias antropológicas e invenções para desenhar. Pediu para desenharmos algo que representasse o tempo, as coisas que remetem para a temporalidade do lugar, a data, as coisas permanentes e efémeras. De seguida que desenhássemos relações sociais, coisas vivas, que estão animadas, que mostre um lugar com movimento, com pessoas, animais, plantas e carros. No final, se tivéssemos tempo, que desenhássemos o espaço, separados em grupos e sob diversos pontos de vista, respeitando os quatro pontos cardeais.

Para o exercício do tempo, desenhei o aqueduto, e a fachada daquela igrejinha metida entre as arcadas, a de Nossa Senhora de Monserrate. De seguida desenhei a capa de um jornal do dia, tenebrosa, por sinal. Para o exercício das relações sociais desenhei a Rita Catita, uma coisa viva e muito animada, apesar de enregelada. Não tive tempo para o último exercício.

The morning was as sunny as cold,  I felt like one of those cars from the old times, which on the cooler mornings had problems to turn on, even after we pulled the button that apparently "pulled the air."
I arrived at Jardim das Amoreiras at ten o'clock in the morning. I got in the museum to register in the workshop. Outside, I drank a cup of coffee and ate a sugary cookie, just before the terrific Karina Kuschnir's workshop, which came from Rio de Janeiro loaded with anthropological stories and inventions to draw. She asked us to draw something representing the time, the things that refer to the place temporality, the date, the permanent and ephemeral things. Then we should draw social relations, living animated things, showing a place with movement, with people, animals, plants and cars. In the end, if we had time, we should draw the space, splited into groups chosing different points of view.

For the time exercise, I drew the aqueduct, and the facade of that little church between the arches, Nossa Senhora de Monserrate. Then I drew the cover of a daily newspaper, frightening by the way. For the social relations exercise I drew Rita Catita, a living thing and lively, although she was frozen. I did not have time for the last exercise.




1 comentário: